Planta carnivora - Dioneia


                   A primeira da lista, a dionea, é a espécie de planta carnívora mais comum entre os cultivadores brasileiros. Ela é muito simples de ser cultivada, se dá muito bem no clima brasileiro e é muito fácil de se encontrar. Pode ser comprada até pelo Mercado Livre. Sua forma de ‘ataque’ é simples. Ela mantem a ‘boca’ aberta e espera que algum inseto desavisado se interesse. Ao entrar, ela simplesmente fecha e digere a vítima.


O mecanismo de captura da dionaea

A Dionéia é uma das poucas plantas capazes de movimento vegetal, como a Dormideira e aDrosera.
O mecanismo pelo qual a armadilha dispara e envolve uma complexa interação entre elasticidade, turgidez e crescimento. Quando aberta, a armadilha é convexa, mas quando ativada, ela se torna côncava. É a rápida alternância desses estados que fecha a armadilha, embora a forma exata como isso ocorre ainda seja mal compreendida. Quando os pêlos de disparo são estimulados, um impulso (envolvendo principalmente íons de cálcio) é gerado, que se propaga através da armadilha e estimula células dos lóbulos e do fulcro entre eles. O que esta estimulação faz ainda é objeto de especulação: células nas camadas externas dos lóbulos e do fulcro podem rapidamente secretar prótons em suas paredes celulares, afrouxando-as e permitindo que inchem rapidamente via osmose; ou então células na parede interna da armadilha podem secretar outros íons, permitindo que a água saia em seguida, fazendo tais células entrarem em colapso. Talvez algum, ambos ou nenhum desses mecanismos seja o responsável por fechar a armadilha.
Se a presa for incapaz de escapar, seus movimentos continuarão a estimular os pelos de disparo, o que fará com que a armadilha se feche com mais força, de maneira quase hermética, permitindo então que o processo de digestão comece (na ausência desse estímulo adicional, a armadilha se abre, possivelmente como forma da planta evitar o esforço de digerir uma pedra ou uma presa que escapou). A digestão é catalisada por enzimas secretadas por glândulas nos lóbulos, e dura aproximadamente 10 dias. Após esse período, a presa está reduzida a um exoesqueleto de quitina. A armadilha então se abre, pronta para ser reutilizada - embora raramente ela vá digerir mais de três insetos antes de ser inutilizada, ficando permanentemente aberta e ocupando-se apenas da fotossintese.
                                        Habitat

A Dionéia é encontrada em pântanos pobres em nitrogênio no sudeste dos Estados Unidos, principalmente no raio de 160 quilômetros de Wilmington, Carolina do Norte. A coleta de plantas in natura é fortemente restringida por leis estaduais e federais, devido a pequena extensão do seu habitat. O solo pobre em nutrientes é a razão pela qual a planta evoluiu para ter armadilhas tão elaboradas: os insetos fornecem o nitrogênio usado para formar proteínas, papel que o solo onde a planta cresce não cumpre como deveria.

Fonte: http://pt.wikipedia.org           


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